Os Britos de Arcoverde, segundo alguns historiadores locais, surgiram todos a partir de uma bela história de amor , vivida por um jovem inglês e uma bela morena sertaneja que se encontraram quando aqui aportou lá pelos idos de mil oitocentos e tantos em busca de aventuras, Richard Breitt, ou Richard Noble.
Veio com apenas onze anos, da Inglaterra escondido num navio comandado pelo tio, de onde havia fugido depois de jogar um tinteiro na cara de um professor na escola em que estudava. E aqui chegando, na primeira oportunidade embarcou com um suíço que o abrigara, para o sertão e foi parar precisamente no povoado de Varas, hoje Jabitacá, na época pertencente ao município de Afogados da Ingazeira. Na fazenda Volta, onde se hospedou, conheceu a linda morena filha do fazendeiro, voltou para o Recife com o suíço e tornou a fugir novamente para o sertão, casou-se com ela e dali nunca mais saiu, gerando uma prole imensa que vai desde o célebre Adolfo Rosa Meia Noite, que morreu em Malta na Paraíba, debaixo de trinta “bocas de fogo” enfrentando sozinho trinta homens da polícia, até grandes empreendedores que povoaram e desenvolveram o sertão com a implantação de indústrias agrícolas que ficaram famosas em todo o Brasil e até no exterior.
O sobrenome “Breitt” difícil de ser pronunciado pelos nativos, logo virou “Brito” e Richard Breitt, tornou-se Ricardo Brito..
Assim surgiram os Britos, todos de pele clara e olhos azuis, esses galegos herdaram a valentia de um ancestral lendário: Ricardo I , Ricardo Coração de Leão o rei guerreiro da Inglaterra que se destacou nos campos de batalha na Terra Santa, como cruzado.
Talvez por isso, os Britos nunca gostaram de levar desaforo pra casa, aliás , pra lugar nenhum.
Ricardo I que era aliado do rei Filipe Augusto da França, tornou-se seu inimigo por que se recusou a casar-se com uma irmã sua, uma mulher feia chamada Alice, terminou morrendo de uma flexada que levou no braço por questões de pouca monta.
Apaixonados por cavalos e corridas como manda a tradição inglesa, eram dos Britos os melhores animais que corriam nos “prados” da região e ai do juiz que ousasse desclassificar um cavalo dos Britos, numa competição.
FONTE: HISTÓRIAS DE BEIRADEIRO - Zelito Nunes ( http://www.luizberto.com )
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