segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Galeria Janete Costa - da Arte ao Caos

No domingo (20/12), resolvi visitar a exposição “21 anos sem José de Barros”, em cartaz na Galeria Janete Costa, no Parque Dona Lindu - zona sul do Recife, mas o que encontrei foi a visão do caos, do descaso e desrespeito, com a Obra e com o público. A Galeria, projetada por Oscar Niemeyer, não está com estrutura para receber nem uma exposição de figurinhas repetidas. 
O calor absurdo, resultado da falta de ar-condicionado, torna impossível uma visita completa. E o piso, sujo e manchado, prova da falta de limpeza e manutenção.(Fotos do final do post)

Agora imagine essa situação, aliada ao desrespeito do público que não sabe se comportar numa exposição de arte... Isso só reforça a minha teoria do caos.
Parece ser difícil para o público recifense entender que não se pode tocar numa peça, e o pior... Pisar em uma. Um dos painéis da coleção da família de José de Barros foi danificada, porque uma senhora achou que ela seria um excelente cenário para uma selfie. 


Nos cinco minutos em que suportei ficar no interior da galeria, eu mesmo pedi algumas vezes que as pessoas não pisassem na obra, nem tocassem em algumas outras, e no restante do tempo em que fiquei na porta observado, vi cenas inacreditáveis. Um pai arremessando uma bola para que seu filho fosse buscar (talvez achando que a criança era um cachorro). Uma menina fazendo bolas de sabão, ao lado da mãe (Imagina jogar sabão em pintura), crianças correndo, pessoas falando alto, ao celular, enfim.
O que vi foram os estagiários da Galeria, trabalhando em um ambiente absurdamente quente, tendo que correr de um lado para o outro para tentar preservar as obras e alertar o público sobre como se comportar em uma exposição. Tarefa difícil quando não se tem estrutura básica para trabalhar.


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