segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A aterrorizante paralisia do sono



Imagine acordar no meio da noite e perceber que você não pode mover nenhum músculo. Você não pode ver nada pois está escuro, mas você parece sentir a presença de algo estranho no quarto, próximo à sua cama – ou sobre seu peito, te sufocando.

Este fenômeno assustador é conhecido como paralisia do sono, e é mais comum do que parece.

Pesquisadores afirmam que saber como isso acontece ajuda a sentir menos pânico durante um episódio do distúrbio do sono. Como algumas pessoas não sabem, elas acreditam que algo sobrenatural está agindo sobre elas.

A paralisia do sono acontece quando o cérebro e os músculos do corpo se dessincronizam durante o sono, e a pessoa acorda durante o sono REM (movimento rápido dos olhos), fase do sono em que os sonhos são mais frequentes. Nessa fase, o cérebro libera duas substâncias chamadas glicina e GABA, que deixam os músculos paralisados. Ficar consciente antes do corpo “acordar” caracteriza a aterrorizante experiência, onde as pessoas não podem se mexer, falar ou gritar. A paralisia pode durar de alguns segundos até cerca de 5 minutos.

Estima-se que entre 5 a 60% das pessoas experimentam a paralisia do sono (essa enorme diferença se dá devido aos diferentes métodos de pesquisa).

Algumas pessoas tem episódios frequentes, enquanto outras só experimentam durante uma ou duas vezes na vida, enquanto outros nunca vivenciam a experiência. Felizmente, a paralisia do sono é inofensiva, desconsiderando o enorme pavor que a pessoa sente quando não sabe o que está acontecendo.

Muitas pessoas também vivenciam durante a paralisia do sono alucinações, sensação de falta de ar, uma presença malévola no quarto (que é explicada do cérebro ficar em um estado “hiper vigilante”, fazendo a pessoa temer muito um ataque), ou ainda acreditam que estão morrendo. Mais raramente, alguns episódios da paralisia são acompanhados de sentimentos de queda, flutuação ou a sensação de estar fora do corpo. Por isso, alguns cientistas propuseram essa condição como uma explicação para os relatos de abduções alienígenas e encontros fantasmagóricos.

Várias circunstâncias foram associadas a um aumento do risco de paralisia do sono. Estas incluem insônia e privação do sono, uma agenda de sono irregular, stress, uso excessivo de estimulantes, fadiga física, bem como certos medicamentos. Além disso, dormir na posição supina (barriga para cima) aumenta os riscos da paralisia do sono, segundo os pesquisadores.

A paralisia do sono certamente fica muito menos assustadora quando você realmente sabe o que está acontecendo.

E você, leitor, já experimentou um episódio do distúrbio? Não deixe de comentar!





Quer se sentir mais inteligente? A Ciência diz que cheirar alecrim pode ser um bom começo!


Se você tem um projeto ou uma prova se aproximando, considere assar um frango com bastante alecrim.

O motivo? Novo estudo mostra que sentir o cheiro do alecrim melhora consideravelmente seu desempenho cognitivo e o humor. A pesquisa foi publicada na revista Therapeutic Advances in Psychopharmacology, onde uma equipe de cientistas britânicos foi capaz de mostrar, pela primeira vez, que os níveis sanguíneos de uma substância chamada 1,8-cineol – correlacionadas com o desempenho cognitivo – aumentaram após os participantes sentirem o odor da planta.
Depois de expor 20 voluntários a diferentes níveis de aromas de alecrim, os pesquisadores testaram seu desempenho cognitivo e o humor. Amostras de sangue foram coletadas para medir a quantidade de 1,8-cineol que havia sido absorvida.

As amostras sanguíneas mostraram um aumento significativo da presença da substância no sangue. Os cientistas alertam que, embora o alecrim possa ajudar o poder cognitivo do cérebro, ele também pode ter efeito contrário, quando altas doses de 1,8-cineol foram encontradas no sangue.

A mesma substância do alecrim também é encontrada em outras plantas como eucalipto, louro, losna e sálvia. O novo estudo se baseia em pesquisas anteriores que concluíram que o alecrim ajuda a combater os danos dos radicais livres no cérebro.

Os antioxidantes do alecrim podem ser usados na prevenção do câncer, segundo um estudo de 2008. Colocando alecrim em hambúrgueres, por exemplo, mostrou diminuir o potencial cancerígeno por compostos maléficos que se formam quando a carne é frita na chapa das lanchonetes.




quarta-feira, 26 de agosto de 2015

A reação de um menino de 8 anos ao saber que o irmão mais velho é gay

"Finalmente cheguei a decisão de confiar a minha realidade a essa pessoinha com quem mais me importo na vida. Dividi isso de maneira bem pedagógica". Jovem de 23 anos revela ao irmão de 8 anos que é gay e a resposta do menino é simplesmente impressionante

Lucas Vasconcellos e o irmão mais novo (divulgação)


Muitas pessoas pensam que a homossexualidade é muito difícil de explicar às crianças e que estas não vão perceber porque é que pessoas do mesmo sexo gostam uma da outra, mas, às vezes, as próprias crianças conseguem perceber melhor que muitos adultos o que é a homossexualidade.

Lucas Vasconcellos é um jovem brasileiro de 23 anos, que decidiu contar ao seu irmão de 8 anos sobre a sua orientação sexual, tentando explicar-lhe que é homossexual e o que isso significa.

O que ele não esperava era a resposta do seu irmão, que lhe mostrou uma verdade tão simples, mas que tantas pessoas falham em compreender. O jovem resolveu então publicar a sua história, que se tornou sucesso nas redes sociais com mais de 10 mil curtidas.

Leia a íntegra da conversa entre os dois irmãos:

“Hoje eu contei para o meu irmãozinho que eu era gay.

Após muitos anos desde que descobri a respeito da minha sexualidade, sobre o gênero que desperta uma paixão realmente autêntica em mim, finalmente cheguei a decisão de confiar a minha realidade a essa pessoinha com quem mais me importo na vida.

Dividi isso de maneira bem pedagógica, tentando criar uma analogia sobre as pessoas e suas cores favoritas. Dizendo que têm pessoas que gostam mais de preto, ou branco, ou azul, ou amarelo, ou vermelho; explicando sobre o quão legal isso fazia do mundo. Que todos podemos gostar de cores diferentes, e ainda assim sermos felizes e respeitados ao colorir nosso mundo com elas.

Ele parecia saber que eu ia confessar algo. Mergulhou num estado quieto e pensativo durante a explicação inteira, e então, por fim, resolvi assumir minha sexualidade. Ele continuou me olhando, bem calmo e sorrindo, tão natural, e eu o questionei:

“Tu sabe o nome que se dá a quem gosta de pessoas iguais, John? Homens que gostam de outros homens, e mulheres que gostam de outras mulheres?”

Eu estava preparado para soltar a palavra “gay”, já na ponta da língua quando ele simplesmente me escancara a verdadeira resposta:

“Amor?”

E então eu chorei.

“Não chora”, ele disse, me abraçando.

Ele me olhou com aqueles olhos, cheios de inocência e de mesmo tons que os meus, e eu senti que pela primeira vez ele me enxergava como eu realmente era. Um irmão que ele amava, um amigo que ele jamais perderia e, mesmo uma pessoa qualquer com uma preferência diferente por quem se apaixonar, ainda assim uma pessoa igual a qualquer outra.

Eu soube disso pela resposta dele. Pela bondade em cada palavra. Uma criança de oito anos de idade soube encarar algo tão natural com mais maturidade que muito adulto. Mais que meus próprios pais, inclusive, que sempre me negaram o direito de confidenciar isso ao meu irmão.

Aproveitem pra aprender da pureza deles, que a maioria esquece ao crescer, pois eu acho que as maiores verdades dessa vida estão no coração dos pequenos.

E a vida continua como se nada tivesse mudado.

E do fundo do coração, eu agradeço por isso.”









sábado, 15 de agosto de 2015

A festa da Assunção nos convida a meditar sobre a glória inefável da Virgem Maria, o Paraíso de Deus.

Quanto mais o homem procura aprofundar-se no conhecimento de Deus, mais compreende que não conseguirá abarcá-Lo, tais as grandezas e os mistérios com os quais se depara.


A glorificação da Virgem Maria com São João Evangelista, 

Santo Agostinho, São João Crisóstomo e São Gregório Magno 
mosaico de Carlo Maratta, século XVIII,
Basílica de São Carlos al Corso, Roma

O Criador, que estabelece as regras, se apraz em criar magníficas exceções. Três criaturas não podiam ser criadas em grau mais excelente, ensina-nos a Teologia. A primeira delas é Jesus Cristo, Homem-Deus: impossível ser mais perfeito, nada haveria a acrescentar. A segunda, Maria: "quase divina", é a expressão utilizada por vários teólogos para se referir à Mãe do Redentor. E, por fim, a visão beatífica, o Céu: o prêmio reservado aos justos não poderia ser melhor nem maior. É o próprio Deus que Se dá aos Bem-aventurados! 

Por que morreu a Mãe da Vida?

Em Maria Santíssima está a plenitude de graças e de perfeições possíveis a uma mera criatura. Segundo a bela expressão de Santo Antonino, "Deus reuniu todas as águas e chamou-as mar, reuniu todas as suas graças e chamou-as Maria". Desde toda a eternidade, o decreto divino estabelecia o singularíssimo privilégio de ser a Virgem Santíssima concebida livre da mancha original. Privilégio este próprio Àquela que geraria em seu seio o próprio Deus.

Transcorrida sua vida nesta terra, o que aconteceria com nossa Mãe?

Ela, que havia dado à luz, alimentado e protegido o Menino-Deus, e recebido em seus braços virginais o Corpo dilacerado de seu Filho e Redentor, estava prestes a exalar o último suspiro. Como poderia passar pelo transe da morte aquela Virgem Imaculada, nunca tocada pela mais leve sombra de qualquer falta?

Sem embargo, como o suave declinar do sol num magnífico entardecer, a Mãe da Vida rendia sua alma. Por que morria Maria? Tendo Ela participado de todas as dores da Paixão de Jesus, não quis deixar de passar pela morte, para em tudo imitar seu Deus e Senhor.

De que morreu Maria?

Perfeitíssima era a natureza da Virgem Maria. Com efeito, afirma Tertuliano que "se Deus empregou tanto cuidado ao formar o corpo de Adão, pela razão de seu pensamento voar até Cristo, que deveria nascer dele, quanto maior cuidado não terá tido ao formar o corpo de Maria, da qual devia nascer, não de modo remoto e mediato, mas de modo próximo e imediato, o Verbo Encarnado?" (1)

Ademais, escreveu Santo Antonino, "a nobreza do corpo aumenta e se intensifica em proporção com a maior nobreza da alma, com a qual está unido e pela qual é informado. E é racional, pois a matéria e a forma são proporcionadas uma à outra. Sendo, portanto, que a alma da Virgem foi a mais nobre, depois da do Redentor, é lógico concluir-se que também seu corpo foi o mais nobre, depois do de seu Filho" (2).

À alma santíssima de Maria, concebida sem pecado original e cheia de graça desde o primeiro instante de sua existência, correspondia, portanto, um organismo humano perfeitíssimo, sem o menor desequilíbrio.

Em conseqüência de sua virginal natureza, Nossa Senhora foi imune a qualquer doença, e jamais esteve sujeita à degenerescência do corpo causada pela idade. De que morreu, pois, a Mãe de Deus?

O termo da existência terrena de Maria deveu-se à "força do divino amor e ao veemente desejo de contemplação das coisas celestiais, que consumiam seu coração" (3). A Santíssima Virgem morreu de amor! São Francisco de Sales assim descreve esse sublime acontecimento:

"Quão ativo e poderoso (...) é o amor divino! Nada de estranho se vos digo que Nossa Senhora dele morreu, pois, levando sempre em seu coração as chagas do Filho, padecia- as sem consumir-se, mas finalmente morreu pelo ímpeto da dor. Sofria sem morrer, porém, por fim, morreu sem sofrer. "Oh, paixão de amor!

Oh, amor de paixão! Se seu Filho estava no Céu, seu coração já não estava n'Ela. Estava naquele corpo que amava tanto, ossos de seus ossos, carne de sua carne, e ao Céu voava aquela águia santa. Seu coração, sua alma, sua vida, tudo estava no Céu: por que haviam de ficar aqui na terra?

"Finalmente, após tantos vôos espirituais, tantos arrebatamentos e tantos êxtases, aquele castelo santo de pureza e humildade rendeu-se ao último assalto do amor, depois de haver resistido a tantos. O amor A venceu, e consigo levou sua benditíssima alma" (4).

Essa morte de Maria, suave e bendita como um lindo entardecer, a Igreja designa pelo sugestivo nome de "dormição", para significar que seu corpo não sofreu a corrupção.

Cheia de graça e cheia de glória


Quanto durou a permanência do puríssimo corpo de Maria no sepulcro?



Assunção de Maria - Basílica de São Paulo Extramuros - Roma.JPG
Assunção de Maria - Basílica de São Paulo Extramuros - Roma


Não o sabemos. Mas, segundo a tradição, muito pouco tempo esteve a alma separada de seu corpo. E, na Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, afirma o Papa Pio XII: "Por um privilégio inteiramente singular, Ela venceu o pecado com sua Conceição Imaculada; e por esse motivo não foi sujeita à lei de permanecer na corrupção do sepulcro, nem teve de esperar a redenção do corpo até o fim dos tempos" .

Assim, resplandecente de glória, a alma santíssima de Nossa Senhora reassumiu seu virginal corpo, tornando-o completamente espiritualizado, luminoso, sutil, ágil e impassível.

E Maria - que quer dizer "Senhora de Luz" - elevou-se em corpo e alma ao Céu, enquanto as incontáveis legiões das milícias angélicas exclamavam maravilhadas ao contemplar sua Soberana cruzando os umbrais eternos: "Quem é esta que surge triunfante como a aurora esplendorosa, bela como a lua, refulgente e invencível como o sol que sobe no firmamento e terrível como um exército em ordem de batalha?" (5).

E ouviu-se uma grande voz que dizia: "Eis aqui o tabernáculo de Deus" (Ap 21, 3). A Filha bem-amada do Pai, a Mãe virginal do Verbo, a Esposa puríssima do Espírito Santo foi coroada, então, pelas Três Divinas Pessoas para reinar no universo, pelos séculos dos séculos, "à direita do Rei" (Sl 44, 10).

O dogma

A verdade desta glorificação única e completa da Santíssima Virgem foi definida solenemente como dogma de Fé pelo Papa Pio XII, no dia 1º de novembro de 1950, com estas belas palavras:

"Depois de termos dirigido a Deus repetidas súplicas, e de termos invocado a luz do Espírito de verdade, para a glória de Deus onipotente que à Virgem Maria concedeu sua especial benevolência, para a honra de seu Filho, Rei imortal dos séculos e triunfador do pecado e da morte, para aumento da glória de sua augusta Mãe e para gozo e júbilo de toda a Igreja, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Bem-aventurados Apóstolos São Pedro e São Paulo e com a Nossa, pronunciamos, declaramos e definimos que: A Imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial". (Revista Arautos do Evangelho, Agosto/2004, n. 32, p. 18 à 20)

Ascensão de Nosso Senhor e Assunção de Maria

É comum haver certa confusão de conceitos a respeito da Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo e da Assunção de Nossa Senhora. O famoso teólogo Fr. Antonio Royo Marin elucida a questão:

Não é exata, portanto, a distinção que estabelecem alguns entre a Ascensão do Senhor e a Assunção de Maria, como se a primeira se distinguisse da segunda pelo fato de ter sido feita por sua própria virtude ou poder, enquanto a Assunção de Maria necessitava do concurso ou ajuda dos Anjos. Não é isso. A diferença está em que Cristo teria podido ascender ao Céu por seu próprio poder ainda antes de sua morte e gloriosa ressurreição, enquanto que Maria não poderia fazê-lo - salvo um milagre - antes de sua própria ressurreição.

Porém, uma vez realizada esta, a Assunção se verificou utilizando sua própria agilidade gloriosa, sem a necessidade do auxílio dos Anjos e sem milagre algum ("La Virgen María", pp. 213-214).