domingo, 21 de setembro de 2014

sábado, 13 de setembro de 2014

Licoteria Esteves de Brito




O termo "Lícor" vem do latim liquifacere, liquefazer, dissolver. Isto se refere às misturas que se empregam na fabricação da bebida. A fabricação de licores é uma arte que vem sendo desenvolvida através dos tempos. Alguns licores são conhecidos desde os tempos antigos, quando cada convento, com seus frades e monges (grandes conhecedores de ervas e destilaria), tinha sua fórmula secreta.
A descrição mais comum de licor é a de uma bebida doce, de alto teor alcoólico. Servido em pequenas taças, além de muito saboroso, o licor tem propriedades digestivas, estimulantes e reconstituintes.
Tradição na família Esteves de Brito, e agora disponível para o seu paladar com novas e marcantes receitas de sabor delicado e requintado.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A politica não deve fragilizar amizades

A política apaixona, todo nós sabemos disso. Mas essa paixão não pode ficar acima da razão, a ponto de fragilizar amizades antigas. A idolatria por quem quer que seja no campo político não deve permitir que velhos amigos se desrespeitem, se agridam ou se provoquem. Campanha política é momento do tempo, passa. Os interesses pessoais que a politica desperta em muitos, lamentavelmente, ferem sentimentos e fazem esquecer o valor das amizades.

Não comungo com o pensamento de que "em política não existe amizade". O importante é que haja respeito pelas diferenças, não apenas o desfrutar das semelhanças. Afinal de contas o embate político deve, acima de tudo, ser exercido sem desprezar o dever de urbanidade e civilidade. A discussão política requer sensatez e equilíbrio. Sei o quanto é difícil isso ocorrer no calor das emoções e das paixões, mas quando o debate se faz entre amigos, devemos, no mínimo, levar em consideração de que "campanhas politicas passam e as amizades permanecem", se forem verdadeiras.

Fico triste quando vejo amigos fazendo chacotas, ironias, deboches, com outros, com o objetivo exclusivo de ganhar espaços políticos.

Nem sempre divergência, significa desunião. Por mais inconciliável que seja a divergência ocasional, em matéria de política, ela não pode provocar "arranhões" nas amizades. Estamos numa democracia e cada um tem o direito de explicitar sua posição, mas sempre respeitando a do outro, principalmente a dos amigos.

Independente de política quero continuar cultivando laços de amizade que possam unir e fortalecer uma jornada futura. Circunstanciais adversários políticos não podem ser considerados inimigos. Aos amigos, mesmo que em situações contrárias politicamente, não é dado o direito ao desrespeito, às provocações descabidas, nem as gozações inconsequentes.

Façamos essa reflexão nesse instante. Não vale a pena perder amigos por causa de uma paixão política. Seja militante de sua causa, sem esquecer que do outro lado você tem amigos que lhe respeitam.


Rui Leitão
Natural de Patos-PB. Ex-superintendente do jornal A União e Rádio Tabajara. Foi diretor nacional de benefícios do INSS. Ex-secretário de administração da Prefeitura de João Pessoa. Atuou no movimento sindical bancário, tendo assumido a Diretoria da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito. Atualmente presta assessoria parlamentar na Assembleia Legislativa da Paraíba.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Outra vez eu voltei pro meu sertão / E a tristeza transformou-se em alegria

Há muitos anos deixei a minha terra
Pra outras bandas busquei o meu destino
Esqueci minha vida de menino
Meu brejeiro sertão, meu pé de serra
Como um soldado que parte para a guerra
Eu parti sem saber se voltaria
Mas o destino reservou um belo dia
E quase que me mata de emoção
Outra vez eu voltei pro meu sertão
E a tristeza transformou-se em alegria.

Quando o sol do sertão em mim bateu
Minha alma sertaneja se alegrou
A jaçanã na oiticica cantou
E seu canto na vazante estremeceu
Um caburé lá no oco apareceu
No pé da cerca correu uma cotia
Muito distante uma sanfona gemia
Na bela voz do querido Gonzagão
Outra vez eu voltei pro meu sertão
E a tristeza transformou-se em alegria.

Quando eu cheguei no meio do terreiro
Meu cachorro foi logo festejando
Meu cavalo veio se aproximando
Relinchando, com seu espírito festeiro
No alpendre já tinha um sanfoneiro
Me esperando pra fazer uma folia
Apesar de ainda ser de dia
Nós fizemos aquela animação
Outra vez eu voltei pro meu sertão
E a tristeza transformou-se em alegria.

Deixei minha mala em algum lugar
E, correndo, fui direto pra cozinha
No fogão, cozinhava uma galinha
Que pedi minha mãe pra preparar
E o cheiro se espalhava pelo ar
A quilômetros da fazenda se sentia
Eu jamais esquecerei daquele dia
O forró pegava fogo no salão
Outra vez eu voltei pro meu sertão
E a tristeza transformou-se em alegria.

O café que na beira do fogão
Numa lata Pajeú tava esquentando
Na parede ao lado me olhando
O santo protetor, meu São João
Seu carneiro e o cajado em sua mão
Me festejavam por aquele belo dia
Depois lavei as mãos numa bacia
Com a água fresquinha do cacimbão
Outra vez eu voltei pro meu sertão
E a tristeza transformou-se em alegria.

À minha frente avistei um aguidá
Que ficava no jirau, numa janela
Dirigi-me faminto pra panela
Com a galinha gordinha, a cozinhar
E sobre a mesa um bolo de fubá
Caprichado, feito por Maria
Apaixonada por mim e eu já sabia
Que’u era o dono daquele coração
Outra vez eu voltei pro meu sertão
E a tristeza transformou-se em alegria.

Depois do almoço eu me deitei
No alpendre, numa rede de varanda
Na terreiro tinha um belo pé de manga
E essa fruta, deitado, ali, chupei
O resto, meu amigo, já nem sei
Pois aquela tarde toda eu dormia
Relaxado, na minha rede macia
Enquanto ouvia o piar de gavião
Outra vez eu voltei pro meu sertão
E a tristeza transformou-se em alegria.


Autor: João Félix