sábado, 28 de março de 2015

Porque eu sou Monarquista

Muitos amigos sabem que sou a favor da Monarquia. Então porque não escrever logo de uma vez a favor do regime que eu e muitos acreditam ser o melhor para o país?
Sei que é praticamente um crime pensar diferente da grande maioria que se diz “elite pensante” e que muitas pessoas acham a monarquia um atraso por terem aprendido no colégio a tal da Monarquia Absolutista, da qual não sou defensor. Mas isso é culpa também da grade curricular deturpada que temos nas escolas que tem o intuito de denegrir a imagem da Monarquia pra ajudar a consolidar dia após dia o grande golpe da República. É preciso estudar muito, ir atrás de bastante informação para chegar à conclusão que a república não só leva o país ao atraso como também foi responsável pelo aumento desenfreado da corrupção.

O primeiro ato de corrupção do regime republicano foi quando os golpistas ao obrigar a família imperial do Brasil ao exílio, retiraram dos cofres públicos 5 mil contos de réis e deram a Dom Pedro II como forma de indenização pelos danos sofridos. O Imperador não só recusou como também exigiu que caso o dinheiro já tivesse sido retirado dos cofres públicos que fosse feito um documento comprobatório de que ele o estaria devolvendo. Foi ai que ele citou a célebre frase: “Com que autoridade esses senhores dispõe do dinheiro publico?”

Dom Pedro II
Dom Pedro II

Outro fato que pesa é que por falta de informação muitas pessoas falam que não querem sustentar uma família real inteira, porque isso sai muito caro. Para os desinformados de plantão, queria dizer que se for colocar na ponta do lápis sai muito mais caro sustentar todos os ex-presidentes do país do que uma família imperial inteira.

Outra questão que deve ser citada é que diferente de um presidente, um rei não nasce de um momento oportuno, de um momento político, não ganha eleição por sorte, por corrupção e tudo mais. Tampouco é eleito por campanhas apelativas e com cunho demagógico. Um rei é preparado desde o seu nascimento para sua missão e sua educação vem desde o berço e nenhuma atitude pode ser tomada por ele sem que tenha aprovação popular.

Visando se manter no poder o rei sempre tomará medidas que estejam de acordo com a vontade do povo. Um exemplo disso foi o pai da rainha Elizabeth II, o Rei George VI que não era o primeiro sucessor ao trono, mas chegou a assumir porque seu irmão Edward VIII decidiu se casar com uma mulher que não agradaria a população britânica.

Corrupção, desvio de verbas, violência não é de interesse de um monarca. Isso se dá pelo fato de que o monarca trata do dinheiro como “se fosse dele”, logo se é dele, ele não desviará, não gastará de forma desnecessária e de forma burra. Já um republicano trata o dinheiro público como se fosse “dinheiro dos outros”. Precisa se falar o que se faz com “dinheiro dos outros”?

Usa-se “dinheiro dos outros” para se financiar inúmeras reeleições – um rei não precisa pensar em reeleição – para financiar obras que nunca serão acabadas, pois estas também só são vantajosas caso se deixem de uma eleição para outra para que esta seja garantida. Usa-se “dinheiro dos outros” pra se financiar o mensalão, petrolão, pra financiar a violência, para aumentar o valor do bolsa família e inventar mais inúmeras outras bolsas. Usa-se dinheiro dos outros para promover construções de estádios megalomaníacos, por exemplo, e por ai vai.

Se para um rei é ideal que a saúde, a educação, o transporte público e o saneamento sejam de qualidade, para a república ela é usada como meios para eleição, pois se tudo está bem, o que um candidato a presidência precisa prometer para se eleger?

E para finalizar: A burrice é a melhor arma pra um político republicano garantir diversas eleições, pois é através da ignorância da maioria da população que eles chegam ao poder. Já para um monarca quanto mais culta for a população, mais ela enxergará o quão melhor para o país é esse regime e que a república é um verdadeiro conto da carochinha. Mas claro, isso não é ensinado nos livros da escola e precisa ter um mínimo de coerência para se chegar a essa conclusão.

Família Imperial do Brasil

Da Arte Da Sobrevivência No Sertão

"Nascer no sertão sempre foi uma dádiva divina. Mas Deus não põe ninguém no mundo sem lhe dar algum tipo de provação ou privação. Muitos nascem em berço de mandacaru e xiquexique, por isso mesmo não tem medo de caminhar por estradas de espinhos. Esses são verdadeiramente sertanejos, prontos para desbravar veredas e vencer tocaias de sangue."

Por Rangel Alves Da Costa

quarta-feira, 25 de março de 2015

Maiakóvski

E então, que quereis?...
(1927)

Fiz ranger as folhas de jornal
abrindo-lhes as pálpebras piscantes.
E logo
de cada fronteira distante
subiu um cheiro de pólvora
perseguindo-me até em casa.
Nestes últimos vinte anos
nada de novo há
no rugir das tempestades.

Não estamos alegres,
é certo,
mas também por que razão
haveríamos de ficar tristes?
O mar da história
é agitado.

As ameaças
e as guerras
havemos de atravessá-las,
rompê-las ao meio,
cortando-as
como uma quilha corta
as ondas.

William Shakespeare

"Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem diga nem todas, só as de verão.
Mas no fundo isso não tem muita importância.
O que interessa mesmo não são as noites em si, são os sonhos.
Sonhos que o homem sonha sempre.
Em todos os lugares, em todas as épocas do ano,
dormindo ou acordado."

"Sonhos de Uma noite de Verão"

Dante Alighieri


"Qui si convien lasciare ogne sospetto; ogne viltà convien che qui sia morta."

"Que aqui se afaste toda suspeita. Que neste lugar se despreze todo o medo."

terça-feira, 24 de março de 2015

O Inglês da Volta e os Britos de Arcoverde

Os Britos de Arcoverde, segundo alguns historiadores locais, surgiram todos a partir de uma bela história de amor , vivida por um jovem inglês e uma bela morena sertaneja que se encontraram quando aqui aportou lá pelos idos de mil oitocentos e tantos em busca de aventuras, Richard Breitt, ou Richard Noble.
Veio com apenas onze anos, da Inglaterra escondido num navio comandado pelo tio, de onde havia fugido depois de jogar um tinteiro na cara de um professor na escola em que estudava. E aqui chegando, na primeira oportunidade embarcou com um suíço que o abrigara, para o sertão e foi parar precisamente no povoado de Varas, hoje Jabitacá, na época pertencente ao município de Afogados da Ingazeira. Na fazenda Volta, onde se hospedou, conheceu a linda morena filha do fazendeiro, voltou para o Recife com o suíço e tornou a fugir novamente para o sertão, casou-se com ela e dali nunca mais saiu, gerando uma prole imensa que vai desde o célebre Adolfo Rosa Meia Noite, que morreu em Malta na Paraíba, debaixo de trinta “bocas de fogo” enfrentando sozinho trinta homens da polícia, até grandes empreendedores que povoaram e desenvolveram o sertão com a implantação de indústrias agrícolas que ficaram famosas em todo o Brasil e até no exterior.
O sobrenome “Breitt” difícil de ser pronunciado pelos nativos, logo virou “Brito” e Richard Breitt, tornou-se Ricardo Brito..
Assim surgiram os Britos, todos de pele clara e olhos azuis, esses galegos herdaram a valentia de um ancestral lendário: Ricardo I , Ricardo Coração de Leão o rei guerreiro da Inglaterra que se destacou nos campos de batalha na Terra Santa, como cruzado.
Talvez por isso, os Britos nunca gostaram de levar desaforo pra casa, aliás , pra lugar nenhum.
Ricardo I que era aliado do rei Filipe Augusto da França, tornou-se seu inimigo por que se recusou a casar-se com uma irmã sua, uma mulher feia chamada Alice, terminou morrendo de uma flexada que levou no braço por questões de pouca monta.
Apaixonados por cavalos e corridas como manda a tradição inglesa, eram dos Britos os melhores animais que corriam nos “prados” da região e ai do juiz que ousasse desclassificar um cavalo dos Britos, numa competição.


FONTE: HISTÓRIAS DE BEIRADEIRO - Zelito Nunes ( http://www.luizberto.com )